Glifosato por Cromatografia de Íons
No artigo a seguir, você encontrará um breve resumo sobre a determinação do componente glifosato, em água, por meio da cromatografia iônica. Entenderá o que é o glifosato e como a análise cromatográfica é realizada.
O controle de ervas daninhas, que são indesejáveis em um cultivo controlado, é realizado a partir da utilização de herbicidas: produto químico do grupo dos pesticidas que tem como principal objetivo o controle e combate de pragas na agricultura.
O glifosato (N-(fosfonometil)glicina) é atualmente o herbicida mais comercializado no mercado mundial (por volta de 60% em relação a outros produtos semelhantes), apresentando grande eficácia no combate às ervas daninhas. Sua comercialização ocorre em três tipos, sendo eles:
- glifosato-isopropilamônio
- glifosato-sesquisódio
- glifosato-trimesium
Possui baixa toxicidade em relação a outros organofosforados, sendo pulverizado e absorvido através das folhas e calículos jovens.
Agindo nos sistemas enzimáticos, inibe o metabolismo de aminoácidos. As plantas afetadas pelo glifosato começam a morrer lentamente, de forma que nenhuma parte da planta consiga resistir ao herbicida.
Sua aplicação em grande escala resulta em detecção de resíduos nos mais diversos ambientes, geralmente em animais usados na alimentação humana e em colheitas. Ao atingir o solo, pressupõe-se que ocorra a contaminação direta do herbicida em águas superficiais e subterrâneas, fator que explicaria a detecção em água potável.
A partir da técnica de cromatografia iônica, é possível realizar a detecção desse componente que é um sólido cristalino altamente solúvel em água. Para que sua determinação seja feita, técnicas de extração ou derivação são aplicadas. As resinas de troca iônica são amplamente utilizadas nesse processo pois, na cromatografia de íons, os cátions e ânions são determinados e quantificados por detectores de troca iônica.
Das propriedades dissociativas, o potencial de dissociação (pKa), com esse fator torna possível o controle integral da carga do íon glifosato. Veja Abaixo:


Na análise de cromatografia iônica, os íons que estão presentes na amostra passam por uma interação eletrostática, interagindo com a superfície da fase estacionária do sistema de cromatografia. Trata-se de uma análise similar à cromatografia líquida, porém com maior nível de eficiência por utilizar resinas trocadoras de íons nas separações analíticas
Para entender melhor os conceitos envolvendo uma análise cromatográfica, como a fase estacionária citada, acesse nossos conteúdos e-book, cursos online e treinamentos no site.

Com esses dados, a análise de Glifosato pode ter interação em várias fases de pKa e consequentemente podemos escolher colunas aniônicas pH ácida ou básica com a força do eluente forte ou fraco.
Veja exemplo de uma força móvel mais fraca:

E com uma força mais forte:

Dois interessantes detectores de troca iônica podem ser utilizados na técnica, como: detector de condutividade e amperométrico, ambos com alta sensibilidade de detecção.
Fontes de pesquisa:
- https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/10594/MATOS%2C%20FABIO%20DA%20SILVA%20DE.pdf?sequence=1&isAllowed=y
- https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/39246/3/2018_tcc_lmbrodrigues.pdf
Por Barbara Helena e Pedro Alexandre Sertek