Ácidos e Bases

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Data
08/22/2022

Ácidos e Bases

Você com certeza em algum momento já ouviu falar de ácidos, mas saberia dizer o que realmente caracteriza uma substância ácida? E as substâncias básicas, você faz ideia do que sejam? Nesse conteúdo, iremos te explicar como funcionam os ácidos e bases, muito presentes nas reações de diversos tipos, no nosso cotidiano e em laboratórios!

Ao longo dos anos, alguns químicos desenvolveram estudos que buscavam explicar como as substâncias poderiam ser classificadas a partir do seu comportamento. Apesar de suas singularidades, foi possível que houvesse uma separação de conjuntos que apresentassem um padrão de comportamento similar, surgindo as funções químicas orgânicas e inorgânicas.

No estudo dos ácidos e bases – substâncias inorgânicas – surgiram alguns conceitos, no entanto, a teoria de Bronsted-Lowry (proposta por Johannes Nicolaus Brønsted e Thomas Martin Lowry, de maneira independente) mostrou-se como a mais abrangente ampliando a teoria de Arrhenius. Podemos definir uma substância ácida sendo aquela que, em solução, libera íons positivos H+ para outras substâncias.

As substâncias que são capazes de receber esses íons são caracterizadas como bases (reconhecemos que a concentração iônica dessas soluções básicas é tomada por íons OH).

Existem casos em que a substância se comporta como ácido ou base, em diferentes cenários, e é chamada de anfiprótica. Como, por exemplo, a água e álcoois.

A identificação dessas substâncias pode ser realizada de forma simples, a partir de uma medição de pH com indicadores ou pHmetros. De forma mais simples, existem os papéis indicadores (ou papel Tornassol) com códigos de cores que auxiliam na análise. Ao pingar uma gota de solução, o papel apresenta a coloração que indica o caráter ácido ou básico.

Outro método, muito utilizado em laboratórios, é a Potenciometria. De um modo geral, a potenciometria tem como objetivo determinar a concentração de íons H+ dispersos em solução, a partir de medições que consideram a diferença de potencial entre um eletrodo de referência (com potencial fixo) e um eletrodo de medida capaz de captar o potencial da solução.

A escala de pH foi proposta por Søren Peder Lauritz Sørensen para expressar concentrações  muito  pequenas  de  íons  hidrogênio  em soluções  aquosas,  e  definida  como  pH  =  -log  [H+], utilizando os seguintes valores para definir o caráter de uma determinada substância:

0-6: Ácido                  7: Neutro                    8-14: Básico

Em se tratando de uma medida potenciométria, que oferece maior precisão, devemos tomar alguns cuidados, tais como:

  • Manter a mesma temperatura para curva analítica e a medição da amostra;
  • Utilizar eletrodos específicos, de acordo com as características da amostra;
  • Fazer verificações constantes das condições do equipamento, eletrodo e soluções tampão utilizadas.

Lembrando-se sempre que o eletrodo de pH responde apenas a variação de íons H+, mesmo em meios alcalinos.

Acesse nosso e-book sobre Eletrodos em Potenciometria para saber mais sobre os cuidados gerais com eletrodos de pH.

É muito importante que, durante análises laboratoriais, o pH das reações seja constantemente controlado.

Fontes de pesquisa:

  • ATKINS, P.W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente.
  • Laboratório de Química – Aula 9 – ácidos e bases pH, QUI126 2019, UFJF
  • Andrade, J.C.  Química Analítica Básica: Os conceitos ácido-base e a escala de pH Universidade Estadual de Campina, Instituto de Química, Campinas/SP, 2010.
  • https://www.todamateria.com.br/ph-e-poh/
  • Lenzi, E. e Bortorri, L. Ácidos e Bases de Bronsted e Lowry: uma visão aplicada ao meio ambiente Jundiaí/SP, 2021

Por Andrea Moreira e Barbara Helena

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Amoreira Consultoria

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