Águas no Laboratório

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Data
07/11/2022

Águas no Laboratório

Antes de falarmos sobre as águas utilizadas no Laboratório, precisamos entender os principais tipos de águas!

Qual a diferença entre água mineral, destilada e deionizada?

A água mineral é a que utilizamos no nosso cotidiano, tanto para beber quanto para cozinhar e limpar. Podemos encontrá-la em diversas fontes, naturais ou artificialmente captadas.

Para a utilização em indústrias, laboratórios analíticos e outros procedimentos – como médicos e veterinários, por exemplo – a utilização da água mineral não é a melhor opção, uma vez que em sua composição são encontradas diversas espécies químicas. É nesse momento que a água destilada e a deionizada entram em cena!

Mas qual seria a principal diferença entre as duas?

Ambas são consideradas águas com um alto grau de pureza, se diferenciando em alguns aspectos e nos processos pelos quais passam.

A água destilada é obtida a partir de uma destilação, em que os elementos orgânicos e inorgânicos são retirados. Assim, o vapor de água passa por um condensador e é transformado em líquido novamente, se mantendo com alto grau de pureza enquanto não houver exposição ao ambiente. Algumas das suas aplicações envolvem a limpeza de equipamentos, um dos solventes mais utilizados em análises de laboratório e outros procedimentos de esterilização.

Já a água deionizada passa por um processo em que ocorre a remoção de cátions e ânions presentes. A água passa por um sistema que contém resinas que realizam uma troca iônica, substituindo os contaminantes catiônicos e aniônicos que estão presentes na água por íons H+ e OH. Esse tipo de processo não remove outros contaminantes como bactérias e produtos orgânicos, podendo ser complementado pela osmose reversa. Na técnica de osmose reversa, a água passa por uma separação em altos níveis de pressão, utilizando-se membranas com pequenos poros.

Ao compararmos ambos os tipos, observamos muitas vantagens na escolha da água deionizada para utilização industrial e laboratorial!

Além de possuir um baixo custo de implantação, a deionização se torna o processo com maior grau de eficácia para a remoção de sais inorgânicos presentes na água, além de reduzir a necessidade de manutenções industriais, apresentar maior facilidade operacional e alta taxa de recuperação da água.

No olhar da química analítica, a condutividade da água deionizada é menor que a da água destilada – a primeira apresenta condutividade de ordem de 1 a 0,1 µS/cm, sendo a da água destilada equivalente a 0,5 – 3,0 µS/cm -.

A condutividade representa o grau de passagem de eletricidade no meio, permitindo estimar a salinidade da água e concentração de íons presentes. Quanto menor o teor de condutividade, menor a interferência nos processos industriais.

Além disso, a água deionizada oferece menor interferência em análises quantitativas de íons diversos de baixas concentrações (ppb, ppt).

Fontes de pesquisa:

Por Barbara Helena

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Amoreira Consultoria

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