Boas Práticas de Pipetagem

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Data
02/02/2023

Boas Práticas de Pipetagem

Descubra como começam e porque elas contribuem para um trabalho seguro e confiável no seu Laboratório. As Boas Práticas de Pipetagem começam quando conhecemos aquilo com o que vamos trabalha

As pipetas são utilizadas para medição e/ou transferência de quantidades precisas de líquidos diversos.

As pipetas são bastante utilizadas no preparo de amostras, Sendo uma das etapas mais críticas da Química Analítica. É por isso que precisamos tomar alguns cuidados quanto à escolha do tipo / volume mais adequado, quanto à maneira correta de utilização e cuidados.

Tipos de Pipetas

Em princípio, elas podem ser de vidro, de plástico ou automáticas (mecânicas ou eletrônicas). Sendo assim, vamos tratar aqui os tipos mais comuns, encontrados em um Laboratório.

– De vidro

São as pipetas mais comuns em um laboratório e podem ser utilizadas para diversas aplicações.

Os principais tipos são:

  • Pipeta Volumétrica: que apresenta um volume específico e alta precisão. Desse modo podendo ser de escoamento total ou escoamento parcial;
  • Pipeta Graduada de Mohr: que apresenta graduação ao longo do seu corpo, permitindo pipetar volumes variados, e sistema de escoamento parcial indicada com uma faixa, para diferenciá-la da pipeta Sorológica. Portanto apresentam precisão inferior à pipeta volumétrica;
  • Pipeta Graduada Sorológica: que apresenta graduação ao longo do seu corpo, permitindo pipetar volumes variados, e sistema de escoamento total indicada com duas faixas, para diferenciá-la da pipeta Sorológica. Sendo assim apresentam precisão inferior à pipeta volumétrica.
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Imagem 1: Pipetas (Fonte: https://glossary.periodni.com/dictionary.php)

Esses três parâmetros podem ser tratados como coordenadas para um ponto em três dimensões também conhecido como espaço de Hansen. Dessa forma, quanto mais próximas duas moléculas estiverem neste espaço tridimensional, maior a probabilidade de elas se dissolverem uma na outra.

As pipetas necessitam de um pipetador: acessório que permite a sucção e o descarte dos líquidos de maneira segura e eficiente.

Ainda com relação às pipetas de vidro, de fato, precisamos nos preocupar com a Classe do material escolhido, sendo elas:

  • Classe A (CLA): As vidrarias desta classe têm maior grau de precisão, sendo as “queridinhas” dos processos mais minuciosos;
  • Classe B (CLB): têm um rigor menor em comparação aos CLA.

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Tabela 1: Volume nominal e erro máximo permitido para pipetas de Classe A, AS e B (Fonte: Norma ISO 648:2008)
– De plástico
  • Pipeta Pasteur: Uma pipeta bastante simples, não possui abertura superior, apenas a inferior para entrada de liquido, pois geralmente são de plástico e descartáveis.

São utilizadas para medir pequenos volumes de líquidos ou contar gotas (nome pelo qual ela também é conhecida).

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Imagem 2: pipeta de Pasteur (Fonte: https://medika.pt/)
– Pipetas Automáticas
  • Este tipo de pipeta permite uma medição muito mais precisa de volume, principalmente quando necessitamos coletar volumes extremamente pequenos.
  • Também conhecidas como micropipetas, elas podem ser monocanal (que realiza uma Pipetagem por vez) ou multicanal.
  • Dessa forma, são instrumentos que utilizam pontas (ou ponteiras) descartáveis. Motivo pelo qual apresenta menor índice de contaminação.
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Imagem 3: Partes de uma pipeta automática (Fonte: Thermo)

A escolha da melhor micropipeta também é um fator importante!

Além de escolher um produto de qualidade, devemos escolher o volume mais adequado às nossas necessidades. Portanto, utilize volumes entre 35 e 100% da capacidade total. A faixa de erro da pipeta encontra-se na sua faixa inicial (cerca de 10% do volume).

Utilização

A princípio, a utilização das pipetas de vidro é, relativamente, simples. Em primeiro lugar o líquido é aspirado para o interior da pipeta, por sucção, com auxílio de um pipetador, até a linha inferior do menisco da superfície livre do líquido coincidir com a linha horizontal do tubo da pipeta volumétrica. Em segundo lugar, coloca-se a pipeta sobre o recipiente de destino e transfere-se completamente o líquido.

Deve-se observar o menisco sempre na horizontal e na altura dos olhos, afim de evitar erros de paralaxe.

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Imagem 4: Visualização do menisco (Fonte: Treinamento de Boas Práticas de Pipetagem, da Amoreira)

Já as pipetas automáticas precisam de cuidados específicos. Durante a aspiração, a pipeta deve ser mantida na posição vertical e a ponteira imersa até a profundidade adequada. Assim evitando tocar nas paredes laterais ou no fundo do recipiente da amostra.

Contudo ao dispensar a amostra, a ponta deve tocar a parede do recipiente com uma leve inclinação, arrastando-a levemente ao longo da parede.

Cuidados

Um dos fatores mais críticos de qualquer tipo de pipeta é a limpeza!

Esta deve ser realizada com produtos adequados e, logo após o término da utilização.

Posso deixar de molho e lavar no final das atividades? Sim, desde que as propriedades do líquido manipulado sejam conhecidas e que não haja possibilidade de contaminação cruzada.

Assim que possivel, consulte sempre o fornecedor para saber o método mais adequado de cuidar do seu material, seja uma pipeta de vidro, seja automática.

Caso queira mais detalhes, contrate nosso Treinamento Personalizado de Boas Práticas de Pipetagem!

Fontes de pesquisa:

  • Treinamento Personalizado de Boas Práticas de Pipetagem, da Amoreira;
  • Norma ISO 648:2008, Laboratory glassware — Single-volume pipettes;
  • Generalic, Eni. Croatian-English Chemistry Dictionary & Glossary. 29 June 2022. KTF-Split. 1 Feb. 2023. <https://glossary.periodni.com>;

Por Andrea Moreira

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Amoreira Consultoria

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